Nesta quinta-feira (22) o presidente eleito Lula (PT) anunciou 16 nomes que irão compor o ministério de seu novo governo. Entre eles, o de Luciana Santos, que irá comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia, que foi destruído pelo governo Bolsonaro.
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Quem é Luciana Santos
Luciana Santos, primeira mulher a ocupar o cargo de vice-governadora de Pernambuco (2018-22), é formada em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Já foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e deputada estadual (1996) e federal por dois mandatos consecutivos (2011-19).
Presidenta por duas vezes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos foi secretária de Ciência e Tecnologia durante a gestão de Eduardo Campos (PSB) frente ao governo do estado de Pernambuco entre 2009 e 2010.
Além disso, Luciana Santos já foi prefeita por duas vezes da cidade de Olinda (2000-08), em Pernambuco.
A missão de Luciana Santos à frente da pasta de Ciência e Tecnologia não será fácil, pois, durante a gestão de Bolsonaro e sob o comando do astronauta Marcos Pontes (PL-SP), a ciência brasileira foi destruída, principalmente no que diz respeito ao fomento à pesquisa em todos os níveis (da graduação à pós-graduação).
Resgate da Ciência e Tecnologia
Em entrevista exclusiva à revista Fórum, a nova ministra de Ciência e Tecnologia classificou como “inacreditável” o desmonte da pasta promovido pelo governo Bolsonaro e elencou algumas prioridades do início de seu trabalho frente à pasta.
“De imediato nós vamos pedir a devolução da MP 1136/ 2016, que diz q o contingenciamento de ciência e tecnologia será até 2026. Essa MP nós temos que pedir a devolução. A outra são as bolsas do CNPq e Capes. É preciso garantir a atualização porque elas estão congeladas desde 2013”, disse Luciana Santos.
A terceira prioridade estabelecida pela nova ministra de Ciência e Tecnologia é a retomada dos Centros de Tecnologia Avançada que, segundo Luciana Santos, “Bolsonaro desmontou”.
“Nós achamos que, por ser uma área estratégica, com uma tecnologia portadora do futuro, que se insere em várias cadeias produtivas é inconcebível que o Brasil não possa desenvolver a tecnologia e o conhecimento da produção de semicondutores. Essas são, a princípio, algumas questões que nós estamos elencando como prioritárias e emergenciais”, revelou Luciana Santos.
A íntegra da entrevista pode ser conferida abaixo: