O futuro ministro da Justiça do governo Lula (PT), Flávio Dino (PSB), anunciou nesta terça-feira (20) os novos diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretário Nacional de Justiça. Edmar Camata será o comandante da PRF e Augusto Botelho foi convidado para chefiar a SNJ.
Edmar Camata é Formado em Direito pela UFES e ingressou na PRF em 2006. É mestre em Políticas Anticorrupção (Universidade de Salamanca - Espanha) e tem especializações em Gestão Integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em Gestão Pública. Atualmente é Secretário de Estado de Controle e Transparência no Governo do Espírito Santo.
-Já Augusto Botelho, o futuro Secretário Nacional de Justiça, é advogado, especialista em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra, em Direito Penal pela Universidade de Salamanca e mestrando em Direito Penal Econômico na FGV. Iniciou carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no primeiro mandato do presidente Lula. Botelho foi conselheiro na Human Rights Watch – organização que defende e realiza pesquisa sobre Direitos Humanos – e do Projeto Inocência – organização brasileira com o objetivo de enfrentar as condenações de inocentes no país.
Entre os nomes cotados para o comando da PRF estava uma policial trans
Com a exoneração do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, confirmada nesta terça-feira (20), começam a chegar à mesa de Flávio Dino (PSB), o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, uma série de nomes que poderiam ocupar o cargo a partir de 2023. Entre esses nomes, está o da policial rodoviária federal Páris Borges Barbosa. Ela é uma policial trans, participa da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTQIA+ e integra a associação Policiais Antifascismo.
O nome de Páris seria defendido por conselheiros de Dino, de acordo com apuração da Folha. Para eles, seria um nome capaz de realizar mudanças profundas na corporação, muito marcada pelo colaboracionismo às pretensões políticas do atual presidente, o homofóbico Jair Bolsonaro (PL).
Silvinei Vasques é investigado por três possíveis favorecimentos institucionais a Bolsonaro nas últimas eleições. No segundo turno das eleições, por exemplo, a PRF realizou mais 500 operações de cumprimento do código de trânsito e atrasou a chegada de eleitores às urnas, em especial no Nordeste. Após as eleições, a mesma disposição não foi vista na hora de desobstruir as estradas tomadas por bolsonaristas descontentes com o resultados eleitorais. Além disso, Silvinei chegou a declarar seu voto nas redes sociais, mas apagou a postagem em seguida.
Veja a seguir os nomes anunciados para a Polícia Federal
Andrei Augusto Passos Rodrigues – Direção-Geral
Gustavo Paulo Leite de Souza – Diretoria-Geral Adjunta
Ademir Dias Cardoso Junior – Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação
André Luis Lima Carmo – Diretoria de Administração e Logística
Guilherme Monseff de Biagi – Diretoria de Gestão de Pessoas
Helena de Rezende – Corregedoria-Geral
Humberto Freire de Barros – Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente
Luciana do Amaral Alonso Martins – Diretoria de Ensino
Luiz Eduardo Navajas Telles Pereira – Chefia de Gabinete
Otávio Margonari Russo – Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos
Ricardo Andrade Saadi – Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção
PCF Roberto Reis Monteiro Neto – Diretoria Técnico-Científica
Rodrigo de Melo Teixeira – Diretoria de Polícia Administrativa
Rodrigo Morais Fernandes – Diretoria de Inteligência
Valdecy Urquiza – Diretoria de Cooperação Internacional