Apoiada por denúncia do Ministério Público de Rondônia, a Polícia Federal cumpriu neste sábado (17) quatro mandados de prisão preventiva e mais sete de busca e apreensão contra grupo suspeito de coagir comerciais e caminhoneiros a participarem dos protestos bolsonaristas contrários aos resultados eleitorais. Entre os presos está um oficial da PM da reserva. As ações compõem a chamada Operação Eleutéria. De acordo com a PF, a operação teve início após uma série de denúncias de comerciantes, caminhoneiros e autônomos que alegam terem sido constrangidos pelos líderes a aderirem aos protestos golpistas.
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Além do policial militar, os outros suspeitos presos são empresários e produtores rurais. Seus nomes não foram divulgados. De acordo com a investigação, o grupo formaria uma associação criminosa a fim de coagir a participação de terceiros nos atos na cidade de Colorado do Oeste.
Além de constrangimentos ilegais a comerciantes e caminhoneiros que contou com ameaças e violações do direito de ir de vir, o grupo ainda teria intimidado servidores públicos que observavam os atos. De acordo com o MP, há uma série de relatos de comerciantes que foram obrigados a fecharem as portas em “apoio” à reivindicação.
Nos bloqueios, caminhões, carros e outros veículos podia ficar retidos por dias e, além disso, os bolsonaristas ainda se sentiam no direito de limitar a quantidade de combustível que cada motorista poderia utilizar no posto mais próximo a fim de reabastecer os veículos.
A Justiça determinou a suspensão do porte de armas de fogo dos suspeitos – alguns dos suspeitos dispõem de licenças CAC (Caçador, Atirados desportivo e Colecionador). Com eles foram apreendidas 9 armas, mais 500 munições de diferente calibres e seis celulares. Os crimes a serem investigados são associação criminosa e coação contra servidores públicos e comerciantes.
*Com informações da Band.