PRESTIGIADO

Posse de Lula terá recorde de presenças de chefes de Estado

Volta do petista ao Palácio do Planalto é visto como acontecimento diplomático do mais alto nível e reunirá líderes de todo o mundo. Veja a lista

Créditos: Presidência da República/Reprodução
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A posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1° de janeiro de 2023, terá um recorde de presenças de chefes de Estado na História do Brasil. O embaixador Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial do evento, informou nesta quarta-feira (14), em entrevista coletiva, a lista dos líderes mundiais que estarão em Brasília para ver o mandatário receber a faixa presidencial.

Até o momento, embora o número possa aumentar, foram confirmados os nomes de 17 chefes de Estado, além de outros autoridades. Estarão presentes os presidentes da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné-Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste, Uruguai e Zimbábue, além do rei da Espanha.

Também participarão da cerimônia o vice-presidente do Panamá e os ministros de Relações Exteriores de Costa Rica, México, Palestina e Turquia, além de muitos altos funcionários de outras dezenas de governos estrangeiros.

Uma dúvida, mesmo a 17 dias da posse, ainda permanece: quem representará os EUA. O séquito próximo de Lula mantém a expectativa que a vice-presidente Kamala Harris seja enviada ao Brasil pelo presidente Joe Biden, ou então Anthony Blinken, que é secretário de Estado, cargo correspondente ao de chanceler na estrutura de governo norte-americana.

EUA e China

“Não há confirmação ainda da parte da embaixada dos Estados Unidos de qual será a representação do governo americano”, respondeu Igreja ao ser questionado sobre a possibilidade da presença da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. Uma fonte da Fórum informou que a China também enviará um representante do governo de Xi Jinping, podendo ser, até mesmo, Wang Qishan, vice-presidente chinês.

Quanto à Venezuela, Igreja declarou que Nicolás Maduro foi convidado para a cerimônia. Porém, o líder venezuelano tem restrições para entrada no Brasil, já que em 2019, o ex-ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro cortaram relações diplomáticas com o governo de Maduro, reconhecendo o autoproclamado Juan Guaidó como representante do povo. Em portaria assinada por Sergio Moro e pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, foi decretado que a vinda de altos funcionários da Venezuela no Brasil contraria a Constituição.

“O presidente Maduro, da Venezuela, foi contatado, está sendo informado mas, sobre a situação de entrada, ele teria que entrar antes do dia primeiro. Até lá, há um impedimento para a entrada do presidente e de outras autoridades da Venezuela”, declarou Igreja.

Mauro Vieira, futuro ministro das Relações Exteriores declarou que “o presidente Lula instruiu que se reestabeleça a relação com a Venezuela, enviando inicialmente um encarregado de negócios para reabrir os prédios que temos lá, reabrir a embaixada”. Quando questionado se o governo Lula voltará a reconhecer Maduro como presidente do país, Vieira disse : “A embaixada ajuda o governo que está, o governo que foi eleito. É o governo do Maduro”.

*Colaborou Eduardo Meirelles