JÁ BASTA!

Lula já tem decisão sobre golpistas de porta de quartel para 1° de janeiro

Presidente eleito está em contato intenso com o futuro ministro da Defesa José Múcio Monteiro e com os novos comandantes a serem nomeados. Veja o que ocorrerá após a posse

Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

Certo de que Jair Bolsonaro (PL) não fará absolutamente nada para pôr fim aos acampamentos dos golpistas que ocupam áreas militares nas portas de quartéis por todo o país, sobretudo na frente do Quartel General do Exército, em Brasília, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já tomou uma decisão sobre o que fará com o assunto a partir de 1° de janeiro.

Após os graves atos terroristas ocorridos na noite da última segunda-feira (14) na capital federal, protagonizados por bolsonaristas que estão nesses acampamentos, Lula intensificou suas reuniões com o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que por sua vez transmitiu tudo que foi tratado com o novo chefe de Estado aos próximos comandantes das três Forças Armadas.

Segundo reportagem do diário paulista Folha de S.Paulo, os oficiais generais que ainda nem foram investidos nos cargos já têm conhecimento de que Lula quer a remoção imediata dessas pessoas, a quem classificou como “fascistas”, das portas do quartéis e os comandantes dessas unidades sabem que terão que promover com a retirada delas assim que o petista assumir.

Ao que consta, tanto os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, bem como os responsáveis por esses quartéis, não resmungaram para a tarefa, até porque já imaginavam que a determinação do presidente da República seria essa, e ele é o comandante em chefe das Forças Armadas.

O terrorismo empreendido em Brasília no começo da semana apenas consolidou a percepção até mesmo dentro da caserna, que esses locais, infestados de lunáticos e de gente violenta, que deram prova de sua falta de noção ao criar o caos na capital federal, precisam ser desmontados e a normalidade ser retomada.

Ainda que não tenham torcido o nariz a princípio, a decisão de Lula não deixou de gerar um desconforto entre os oficiais generais, que no início da criação desses acampamentos chegaram a divulgar uma nota dando apoio “aos manifestantes”, que estaria agindo “de forma democrática”, embora peçam abertamente um golpe de Estado.

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