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Golpista que pediu ajuda a Elon Musk posa com terroristas e ataca Moraes nas redes

Advogado bolsonarista, Cristiano Caiado foi candidato a deputado distrital pelo PTB de Roberto Jefferonson em 2022

O advogado Cristiano Caiado e outros bolsonaristas em local próximo à sede da Polícia Federal que foi atacada na noite de segunda (12)Créditos: Reprodução / Twitter
Escrito en POLÍTICA el

Cristiano Caiado de Acioli. Este é o nome do advogado bolsonarista que faz apelos ao bilionário e proprietário do Twitter, Elon Musk, pelas redes sociais. Detido em 2018 por ter ofendido ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em um voo de carreira, Caiado foi candidato a deputado distrital pelo PTB de Roberto Jefferson em 2022.

Nesta segunda (12), durante uma série de atos terroristas que tomaram conta de Brasília, em resposta à prisão do indígena José Acácio Tsererê, o advogado fez uma postagem pedindo ajuda ao proprietário do Twitter, o sul-africano-canadense naturalizado estadunidense Elon Musk.

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Às 22h13, ainda no ápice das ações violentas, Caiado fez uma postagem em sua conta na rede social dividida em duas mensagens, uma em português e outra em inglês: "A tortura e a prisão humilhante de índio, Cacique Tsererê, depois das 18 horas, pela PF, usada como GESTAPO, fora de flagrante, por determinação do Alexandre de Moraes é uma degustação de estado de exceção. Estou colocando o meu terno para ir prestar auxílio com o Coronel Lucena". A segunda mensagem, escrita em inglês, dizia: "@elonmusk Por favor nos ajude aqui no Brasil. Estamos vivendo um golpe branco, um chefe indígena acaba de ser preso".  

Imagem: Reprodução / Twitter

Alexandre de Moraes

Pouco depois da meia-noite, quando a cidade de Brasília ainda se aterrorizava com os atos violentos que destruíram veículos, placas, estabelecimentos e aterrorizaram a população, Caiado postou uma foto em sua conta no Twitter ao lado de pessoas trajadas de verde e amarelo em local próximo à sede da Polícia Federal que sofreu tentativa de invasão, com uma mensagem condenando a prisão de Tsererê, em claro apoio à resposta violenta e provavelmente posando ao lado de pessoas que praticaram ações terroristas nesta segunda (12).

Na manhã desta terça (13), tentou responsabilizar o presidente do TSE e ministro do STF pelo caos promovido na capital federal por apoiadores do ainda presidente Jair Bolsonaro (PL). "Alexandre de Moraes precisa ser responsabilizado pelo papel que desempenhou nos eventos de ontem. Um banho de sangue se anunciava e ele, no samba, brindava ao Luladrão, na casa do Kakay!", escreveu em sua conta no Twitter.

STF

A ordem para a prisão de Tsererê partiu de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro STF. José Acácio foi preso porque "convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos". Ele teria sido abordado pela Polícia Federal quando ia em direção ao setor hoteleiro norte, onde Lula está hospedado.

Defensor ferrenho de Jair Bolsonaro (PL), em 2018 Cristiano Caiado protagonizou um episódio de ataque ao ministro do STF Ricardo Lewandowski, que resultou em detenção para dar explicações à Polícia Federal. Cristiano Caiado é filho da subprocuradora-geral da República aposentada Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli e irmão do procurador da República Bruno Caiado Acioli.