O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o triunfo eleitoral no dia 30 de outubro, tirou apenas 5 dias de descanso no Sul da Bahia e retornou ao trabalho na segunda-feira (7). O futuro mandatário vem organizando sua equipe de transição e mantendo contato com lideranças internacionais em diálogos que podem trazer frutos ao seu governo, a ser iniciado em 1º de janeiro de 2023.
Ao longo desses últimos dias, bolsonaristas vêm difundindo mentiras bizarras e questionando o suposto "sumiço" de Lula. As fake news vão desde que o petista estaria doente (AVC, câncer e ataque cardíaco estão entre as "opções") e internado em São Paulo, até de que teria morrido. Essas "notícias" vêm sempre num formato que induzem a população a acreditar que foram veiculadas em sites jornalísticos.
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"Convictos" de que o presidente eleito estaria escondendo alguma doença, bolsonaristas levaram o termo "Cadê o Lula" aos Trending Topics (lista dos assuntos mais comentados) do Twitter.
Esses apoiadores de Bolsonaro, no entanto, ignoram que quem sumiu de fato foi o ainda mandatário, que desde a vitória de Lula fez apenas duas aparições públicas e não cumpre qualquer agenda oficial. Desde do dia 30 de outubro, segundo dados disponíveis no próprio site da presidência, ele "trabalhou, em média, apenas 36 minutos por dia.
Lula, por sua vez, cumpre agenda de trabalho intensa esta semana. Na segunda-feira (7), logo que retornou de seu descanso na Bahia, o presidente eleito fez reuniões com parte de sua equipe de transição e com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) em São Paulo.
Nesses encontros, tratou das demandas orçamentárias que serão incluídas na Proposta de Emenda da Constituição (PEC) da Transição, que abre espaço nas contas públicas em 2023 para honrar compromissos de campanha, como a manutenção do Bolsa Família - que foi renomeado para Auxílio Brasil - no valor de R$ 600.
Ainda na noite de segunda-feira, o futuro presidente foi às redes sociais para mostrar que já está governando ao fazer uma consulta pública sobre a volta do horário de verão, extinto por Bolsonaro em 2019.
A agenda de trabalho seguiu nesta terça-feira (8): Lula fez mais uma rodada de reuniões em São Paulo com membros de sua equipe de transição na parte da manhã e, à tarde, conversou por telefone com 5 líderes mundiais: Pedro Castillo, presidente do Peru; Cristina Kirchner, vice-presidenta da Argentina; Rodrigo Chaves, presidente da Costa Rica; Mark Rutte, ministro-presidente da Holanda; e Josep Borrell Fontelles , ex-ministro de Assuntos Exteriores de Espanha e atual chefe da diplomacia da União Europeia.
Ainda na noite desta terça-feira Lula deve desembarcar em Brasília para, na quarta-feira (9), ter reuniões com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Já no final da semana ou início da semana que vem, Lula viajará ao Egito para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27).