Completamente desorientado e inconsolável após a derrota sofrida no último domingo (30), o futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já ensaiou o discurso com a “justificativa” para não comparecer à cerimônia de passagem da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1° de janeiro de 2023, dizem interlocutores palacianos.
Oficialmente, a desculpa será alguma viagem internacional de última hora, o que na prática o impossibilitaria de cumprir o gesto. No entanto, a teoria espalhada pelo mandatário de extrema direita que está de aviso prévio é de que a corrida eleitoral “não foi justa” e que Lula “teria sido beneficiado pelo TSE”, ainda que a tese não encontre qualquer amparo na realidade, uma vez que o verdadeiro beneficiado na disputa foi o próprio Bolsonaro, que gastou centenas de bilhões de reais dos cofres públicos na tentativa de comprar votos com programas sociais de última hora, além de ter utilizado toda a estrutura da Presidência para fazer campanha.
Confirmada a ausência do derrotado, o cerimonial do Palácio do Planalto já teria uma carta na manga: colocar o vice-presidente, o general Hamilton Mourão (Republicanos), que é senador eleito pelo Rio Grande do Sul, para fazer a transmissão da faixa a Lula.