O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), deve se reunir nesta quinta-feira (3) com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), para dar início à transição de governo.
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Alckmin foi escalado por Lula para comandar a equipe, que conta ainda com a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e o coordenador da campanha, Aloizio Mercadante.
O principal desafio da equipe de Lula é negociar cerca de R$ 200 bilhões no orçamento de 2023 para manter o Auxílio Brasil - que deve voltar a se chamar Bolsa Família - em R$ 600, além de recompor os programas sociais em torno do benefício e conceder aumento real no salário mínimo.
Lula ainda quer abrir espaço no orçamento para fortalecer programas que foram esvaziados por Jair Bolsonaro (PL), como a Farmácia Popular. A equipe de transição também deve montar um plano para investimento em obras de infraestrutura para alavancar a economia e criar empregos.
Após a conversa inicial com o ministro da Casa Civil, a equipe de transição deve começar a se instalar no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital federal, para dar início aos trabalhos. No total, estão disponíveis 50 cargos para o governo de transição.
Orçamento secreto
Senador eleito, o ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT) já iniciou conversas com parlamentares do Centrão, que teria sinalizado positivamente a mudanças nas emendas de relator, que compõem o orçamento secreto.
Lula quer por fim ao mecanismo criado pelo governo Bolsonaro para comprar votos no Congresso Nacional e que acabou transferindo boa parte do poder sobre o orçamento ao Parlamento, liderado por Arthur Lira (PP-AL).
O Senado, comandado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também já teria dado aval para a negociação com o governo de transiçao.