O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, voltou a questionar a lisura das urnas eletrônicas e exigiu que o Tribunal Superior Eleitoral “faça alguma coisa” em relação a urnas de modelos anteriores a 2020 que, segundo auditoria contratada pelo seu partido, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro (PL), não seriam confiáveis. As falas foram feitas em vídeo publicado neste sábado (19) no Twitter.
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“Nada de ter nova eleição, não vamos propor nada disso. Não queremos tumultuar a vida do país, mas tem urnas que precisam ser revistas e vamos propor para o Tribunal Superior Eleitoral até terça-feira essa nossa proposta (sic). Pelo estudo que foi feito, há várias urnas que não podem ser consideradas, no Brasil inteiro. São as urnas de 2020 para baixo, as urnas antigas, todas elas têm o mesmo número”, disse para jornalistas.
Para Valdemar da Costa Neto e a auditoria contratada pelo PL, cerca de 250 mil urnas estariam na condição de impossibilidade de serem checadas por apresentarem, supostamente, 'números' iguais - ele não soube explicar que 'número' seria esse no sistema da urna. Acontece que nas eleições brasileiras, há cerca de 500 mil urnas de acordo com o site do TSE, o que faz com que, na prática, o presidente do partido de Bolsonaro esteja pedindo a anulação de metade do pleito.
“Estamos entrando com esse documento, já temos a prova, e vamos mostrar que essas urnas não podem ser consideradas e agora vamos ver o que o TSE vai resolver”, declarou.
Valdemar ainda disse que disputa eleições desde 1990 e viu o surgimento das urnas eletrônicas em 1994, mas nunca havia duvidado da sua lisura. Segundo o político, foi Bolsonaro e sua equipe que o convenceram a desconfiar e colocar em dúvida publicamente o sistema eleitoral brasileiro.