ELEIÇÕES 2022

As urnas funcionam: após teatro golpista, militares não questionam resultado eleitoral

Ao longo do primeiro turno membros do governo e das Forças Armadas questionaram lisura do sistema eleitoral e exigiram que fosse feito um teste com a biometria e até mesmo uma apuração paralela

As urnas funcionam: após teatro golpista, militares não questionam resultado eleitoral.Créditos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Ao longo do primeiro turno eleitoral, mas também no período de pré-campanha, Bolsonaro (PL) e parte dos servidores das Forças Armadas questionaram a lisura das urnas eletrônicas, modelo de eficácia reconhecida internacionalmente. 

A tese de que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas é alimentada por Bolsonaro desde 2018, quando candidato pela primeira vez à presidência e, mesmo tendo saído vitorioso daquele pleito, manteve a sua narrativa golpista de que era fraudar o sistema. 

Com a chegada da eleição 2022, a tese de fraude da urna eletrônica foi retomada com força. O auge se deu quando o presidente reuniu cerca de 50 embaixadores para apresentar mentiras sobre as urnas eletrônicas. Tal encontro gerou preocupação com vários países e acendeu o alerta para a possibilidade de um golpe no Brasil.

As "teses" de Bolsonaro sobre as urnas apresentadas aos embaixadores foram desmentidas uma por uma pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Pelo lado dos militares, teve início uma pressão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que realizassem uma apuração paralela a oficial.

O ministro da Defesa, durante audiência pública, chegou a questionar a lisura das urnas. 

Pois bem, nesta quinta-feira (6) o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, apresentou um balanço do primeiro turno e deixou bem claro: as urnas funcionam e registraram fielmente os votos dos cidadãos. 

 

"Novamente o primeiro turno nas eleições 2022 se repetiu o que houve nas eleições 2020, 2018, 2016 [...] Vinte anos de absoluta lisura das urnas eletrônicas com comprovação imediata pelo teste de integridade", declarou Alexandre de Moraes. 

 

 

O teste com a biometria foi um pedido do Ministério da Defesa que, juntamente com o TSE e outros órgãos integra uma comissão de transparência das eleições da qual participaram 493 voluntários. 

Depois de meses de teatro golpista, mentiras sobre a lisura das urnas eletrônicas, nenhum membro das Forças Armadas apareceu até este momento para comentar o resultado do teste das urnas que foi pedido por eles e atendido pelo TSE.