Ao longo do primeiro turno eleitoral, mas também no período de pré-campanha, Bolsonaro (PL) e parte dos servidores das Forças Armadas questionaram a lisura das urnas eletrônicas, modelo de eficácia reconhecida internacionalmente.
A tese de que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas é alimentada por Bolsonaro desde 2018, quando candidato pela primeira vez à presidência e, mesmo tendo saído vitorioso daquele pleito, manteve a sua narrativa golpista de que era fraudar o sistema.
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Com a chegada da eleição 2022, a tese de fraude da urna eletrônica foi retomada com força. O auge se deu quando o presidente reuniu cerca de 50 embaixadores para apresentar mentiras sobre as urnas eletrônicas. Tal encontro gerou preocupação com vários países e acendeu o alerta para a possibilidade de um golpe no Brasil.
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Pelo lado dos militares, teve início uma pressão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que realizassem uma apuração paralela a oficial.
O ministro da Defesa, durante audiência pública, chegou a questionar a lisura das urnas.
Pois bem, nesta quinta-feira (6) o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, apresentou um balanço do primeiro turno e deixou bem claro: as urnas funcionam e registraram fielmente os votos dos cidadãos.
"Novamente o primeiro turno nas eleições 2022 se repetiu o que houve nas eleições 2020, 2018, 2016 [...] Vinte anos de absoluta lisura das urnas eletrônicas com comprovação imediata pelo teste de integridade", declarou Alexandre de Moraes.
O teste com a biometria foi um pedido do Ministério da Defesa que, juntamente com o TSE e outros órgãos integra uma comissão de transparência das eleições da qual participaram 493 voluntários.
Depois de meses de teatro golpista, mentiras sobre a lisura das urnas eletrônicas, nenhum membro das Forças Armadas apareceu até este momento para comentar o resultado do teste das urnas que foi pedido por eles e atendido pelo TSE.