O ex-presidente Michel Temer (MDB), que chegou ao poder após conspirar por um golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff (PT), negou apoio a Jair Bolsonaro (PL) na campanha do segundo turno na corrida pelo Palácio do Planalto. O pedido de adesão do atual mandatário ao vice que usurpou o poder não foi público e explícito, mas interlocutores garantiram que ele foi feito.
A reação de Temer neste momento histórico do país tem sido a de dizer que ele não apoiará ninguém e que “seu compromisso é apenas com a democracia”, ainda que o veterano político tenha se tornado sinônimo de golpismo no país e mundo afora.
Os mesmos interlocutores que vazaram a negativa de Temer a Jair Bolsonaro garantem que a vontade do antigo vice de Dilma era de declarar apoio a Lula (PT), mas que por razões óbvias não o faria, já que sua imagem junto ao partido, ao campo progressista e os setores da esquerda em geral é de um golpista traidor, o que inclusive já foi dito pelo próprio Lula.