No começo da tarde deste domingo (30) o policial rodoviário federal Adalberto Alfredo Schumann comemorou os bloqueios de eleitores petistas no Nordeste em um grupo de WhatsApp composto por outros agentes. Schumann postou uma foto de si mesmo, as chamadas “selfies”, e escreveu em seguida: “Ó a cara (sic) de alguém que está preocupado com as determinações do ministro”.
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A frase faz referência a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que impedia operações da PRF e de outras forças de segurança que atrapalhassem as eleições.
“Só cumprindo o cartão programa e correndo atrás dos eleitores do Lula que saíram do cercado para voltar e não conseguiram voltar”, prosseguiu. De acordo com a Revista Piauí, que foi quem obteve a conversa na íntegra, “cartão programa” é uma gíria de agentes da PRF para “diretrizes de policiamento relacionadas a determinada data. Geralmente, os “cartões programas” viriam diretamente da cúpula da corporação.
Como Schumann está lotado em Brasília, a cúpula a qual se refere é provavelmente a superintendência da PRF no Distrito Federal, onde o diretor-geral é Silvinei Vasques, que mais cedo afirmou a Alexandre de Moraes que as operações estariam vinculadas ao código de trânsito brasileiro.
De acordo com informações publicadas na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, as operações da Polícia Rodoviária Federal em diversas estradas brasileiras, sobretudo em estados do Nordeste, que ocorreu ao longo deste domingo de eleições, foi arquitetada no último dia 19 no Palácio do Alvorada. Segundo a coluna, o “núcleo duro” da campanha de Bolsonaro (PL) teria feito uma reunião e traçado o planejamento da reta final.
Visto que a única chance do atual presidente vencer as eleições seria uma recuperação de votos no Nordeste, entre as ações planejadas pela campanha, estaria prevista a instrução aos comandos da Forças Armadas, PRF e Polícia Federal de que poderia estar havendo transporte irregular de eleitores.
*Com informações da Revista Piauí e O Globo.