A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) foi flagrada mais cedo neste sábado (29) correndo com arma em punho atrás de um homem que a havia chamado de “espanhola”, enquanto um assessor seu disparou contra o homem mas felizmente não o atingiu. Horas depois uma multidão se formou em torno da deputada enquanto ela dava entrevistas para emissoras de televisão como a GloboNews e a Rede Bandeirantes.
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Uma pessoa presente no momento informou a Revista Fórum que a deputada afirmou para a GloboNews que efetuou disparos contra o homem. No entanto, de acordo com as imagens, além da bolsonarista aparecer tropeçando sozinha, ela também só foi flagrada correndo atrás do seu “alvo” com a arma em punhos. O disparo efetuado, pelas imagens, é feito por um assessor que a acompanhava.
Em nota divulgada pela sua assessoria, Zambelli alega que teria sido atacada pelo homem quando saía de um restaurante na Avenida Lorena, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A nota diz que a deputada agiu em legítima defesa e que não houve disparos no incidente. A nota ainda diz que a bolsonarista não possui licença de CAC (caçador, atirador e colecionador), mas para defesa pessoal.
O mais curioso é que agora temos três versões sobre os disparos: a de Carla Zambelli aos meios de comunicação de que ela própria efetuou o disparo, a de sua assessoria que diz que não houve disparos, e a de um vídeo gravado por testemunhas no qual o disparo é feito por um assessor da deputada.
Além disso, Zambelli também disse aos meios de comunicação que não respeitará decisão do presidente Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que proíbe o porte de armas durante as eleições.
Enquanto a atiradora assumia a culpa de um disparo que não fez para as emissoras de televisão, uma multidão se formava ao redor, com ampla maioria de eleitores do ex-presidente Lula. Discussões e ofensas entre o povo e meia dúzia de assessores foi registrada. O bolsonarista mais exaltado dizia que as pessoas contrárias a Zambelli seriam “filhas de bandidos, traficantes e assaltantes de bancos”.