O PSol formalizou nesta sexta-feira (28) em quatro relatorias da Organização das Nações Unidas (ONU) uma denúncia que mostra que Jair Bolsonaro (PL) cortou em 90% o orçamento para políticas de combate à violência de gênero no Brasil, vulnerabilizando as mulheres.
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O documento, que é assinado ainda por 50 entidades representadas pela Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, relata o episódio em que o candidato à reeleição foi associado à pedofilia por declarar ter sentido “um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 anos.
A ação tem como base um estudo feito pela bancada do PSOL que mostra que Bolsonaro cortou 90% da verba de combate à violência contra as mulheres. O dinheiro destinado ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres caiu de R$ 100,7 milhões, em 2020 (primeiro Orçamento inteiramente elaborado por Bolsonaro), para R$ 30,6 milhões no ano passado. Neste ano, sobraram apenas R$ 9,1 milhões, de acordo com dados da pasta.
Para 2023, o governo enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento que prevê uma mínima recuperação dos recursos, mas que, na comparação com 2020, no entanto, ainda reflete queda acentuada (83%).
“O corte no orçamento e o desmonte das políticas públicas voltadas ao combate à violência contra mulheres e meninas acontece num contexto de aumento de casos de violências e violações. Protocolamos essa ação pois as instituições brasileiras, em sua maioria, infelizmente estão aparelhadas e são coniventes com essa situação. É preciso dar um basta”, afirma a líder Sâmia Bomfim (SP).
Leia a denúncia na ONU e o estudo sobre o corte de 90% do orçamento de políticas de combate à violência contra a mulher.