O Ministério Público do Trabalho (MPT) irá apurar denúncias de que executivos e diretores da Bebidas Poty, uma das patrocinadoras do Corinthians, estariam cometendo assédio eleitoral nas dependências da empresa em Potirendaba, pequena cidade do interior de São Paulo distante cerca de 400 da capital. De acordo com inquérito aberto em 24 de outubro a empresa é acusada de favorecer o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nos comunicados e espaços corporativos.
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Representantes da empresa que emprega em torno de 800 trabalhadores participam de audiência com procuradores na tarde desta sexta-feira (28). Levando em consideração outros casos de mesma natureza, é possível que o MPT proponha um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com pagamento de indenização por danos morais coletivos e retratação pública, mas ainda não foi confirmado nada nesse sentido.
O MPT também não detalhou quais seriam as denúncias, apenas que a cidade de Potirendaba registrou 10 denúncias de assédio eleitoral contra 120 em todo o interior paulista. À Folha, José Franzotti, diretor da empresa, se irritou com os questionamentos, acusou a imprensa de montar um “gabinete do ódio” e desligou o telefone na cara da apuração. Franzotti faz publicações em defesa de Bolsonaro com alguma frequência nas redes sociais.
De acordo com denúncias de funcionários, eles estariam sofrendo pressão dentro da empresa para votar em Bolsonaro por parte de Franzotti e da prefeita da cidade, Gislaine Franzotti (PTB), que também é diretora da empresa. Os executivos negam as acusações. A empresa estampa sua marca no uniforme do Corinthians, mas também mantém contrato com o rival Palmeiras, entre outros clubes, de fornecimento de água mineral.
*Com informações da Folha.