A Polícia Federal (PF) suspeita que o ex-deputado bolsonarista, Roberto Jefferson, tenha prendido pregos com fitas adesivas nas granadas que arremessou contra agentes, que foram prendê-lo em sua casa, domingo (23), em Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro.
Os artefatos atirados contra o delegado Marcelo Vilela e mais três agentes federais foram granadas de luz e som, ou seja, não são letais. Porém, Vilela e a policial federal Karina de Oliveira apresentaram ferimentos. Ambos, inclusive, ainda possuem fragmentos do explosivo no corpo.
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A PF descobriu, durante perícia na noite de domingo, que a arma da agente Karina estava sem a ponta. Como a pistola não foi retirada do coldre, a polícia acredita que um dos 50 disparos de fuzil efetuados por Jefferson tenha atingido e arrancado a ponta da arma da policial. O fato evitou que ela sofresse o tiro na perna, de acordo com o G1.
As investigações também tentam esclarecer, definitivamente, o roteiro do que ocorreu no domingo. A possibilidade maior, por enquanto, é que o ex-deputado, aliado de Jair Bolsonaro (PL), tenha iniciado os disparos por volta de 12 horas. Um dos tiros passou muito perto do agente Heron Costa de Peixoto, que estava falando ao celular. O tiro ficou alojado na parede de outra casa próxima à de Jefferson.
Enquanto se protegia, agente ouviu gritos: “policial ferido”
O policial se protegeu no momento em que ouviu outro agente gritar “policial ferido”. O delegado Vilela, os agentes Karina e Daniel Mendes da Costa estavam abrigados atrás da viatura blindada da PF.
A PF suspeita que Jefferson arremessava as granadas para obrigar que os policiais saíssem de trás do veículo.