O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria em plenário virtual, neste sábado (22), para validar os direitos de resposta de Lula (PT) no programa eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) na TV que estavam suspensos. Serão, ao todo, 116 inserções de 30 segundos cada, a serem exibidas em 5 emissoras, 24 vezes em cada uma.
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Na última quinta-feira (20), a ministra Maria Claudia Bucchianeri suspendeu a decisão que concedia a Lula direito de resposta através de 164 inserções do petista no programa eleitoral de Bolsonaro na televisão após a campanha do atual presidente entrar com recurso. O caso, então, foi levado para julgamento no plenário virtual da Corte.
Bucchianeri, agora, votou por manter 116 das 164 inserções e foi seguida por outros quatro ministros: Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Sergio Banhos. Benedito Gonçalves e Raul Araújo ainda não votaram, mas a maioria em favor de Lula já está formada.
No vídeo de Bolsonaro que motivou o pedido de direitos de resposta por parte da campanha de Lula, há um trecho de cerca de 30 segundos em que são mostrados dados de votações em unidades prisionais. O programa diz, pela voz do seu locutor, que Lula seria “escolhido pelos criminosos” do Brasil uma vez que teria 98% dos votos no presídio de Tremembé em São Paulo, além de 90% dos votos de presos da Paraíba.
Para a ministra relatora do caso, o conteúdo veiculado por Bolsonaro se trata de "desinformação". A peça foi veiculada em 164 inserções do atual presidente.