A primeira-dama Michelle Bolsonaro participou na noite de quinta-feira (20) de um “clamor” na igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, de propriedade do “pastor” Silas Malafaia, no Rio de Janeiro, no qual disse coisas sobre a sua “importância” para o Brasil que mais soaram como um verdadeiro delírio por parte da esposa do chefe do Executivo federal.
Num discurso que mais parecia um engodo misto de fundamentalismo com falta de noção, atribuindo tudo que ocorre politicamente no país a uma “guerra entre o bem e mal”, sem deixar de mencionar um comunismo imaginário que ela sequer compreende o que seria, uma afirmação chamou a atenção: ela, Michelle, estaria à frente da Presidência da República, e pela escolha de Deus, e não seu marido, pela escolha dos eleitores.
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“Não é fácil estar à frente de uma Presidência. Deus realmente escolhe aqueles que se escondem, né? Nos dois primeiros anos, fiz muita birra com Deus porque eu falava, eu não queria estar aqui, Senhor. Meu marido, sim, ele trabalhou 28 anos no Congresso. Mas eu sempre fui uma dona de casa, porque eu escolhi ser uma dona de casa”, disse a primeira-dama, reiterando que é ela quem “conduz” o Brasil.
Com a mesma baixeza do esposo e com críticas sempre sem sentido, rasas, pobres e fanatizadas, Michelle aproveitou para atacar o PT e traçar analogias desconexas que mesclam sua religião e um conceito esdrúxulo de “comunismo”.
“É muito fácil falar que vai votar no Partido das Trevas com iPhone na mão, cursando faculdade paga pelos pais... Eles não sabem o que é comunismo”, filosofou a “condutora” da República.
Para finalizar, Michelle ainda fez questão de reafirmar que não tem noção de como as coisas devem ocorrer na seara política de um Estado laico e colocou a “igreja” como cerne das escolhas que devem ser tomadas pelos cidadãos brasileiros.
“Amados, seria bom se tivéssemos ganhado no primeiro turno, mas a gente precisava desse segundo turno para acontecer o despertamento da igreja. Nunca houve tanta Marcha para Jesus”, disse, em mais uma intervenção sem sentido.