DIREITO DE RESPOSTA

URGENTE: Ministra do TSE suspende as 164 inserções de Lula no programa de Bolsonaro na TV

Maria Cláudia Bucchianeri acatou recurso da campanha de Bolsonaro e determinou que caso seja levado ao plenário do TSE; Lula ainda tem direito a 20 inserções na propaganda eleitoral do atual presidente

A ministra Maria Cláudia Bucchianeri.Créditos: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
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A ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu na noite desta quinta-feira (20) uma decisão que havia proferido na quarta (9) e, com isso, o ex-presidente Lula (PT) não terá mais direito a 164 inserções como direito de resposta dentro do programa eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) na TV. 

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Ao voltar atrás em sua sentença, a ministra acatou um recurso protocolado pela campanha de Bolsonaro. Desta forma, o caso será levado para julgamento no plenário do TSE, que pode manter ou não a suspensão das inserções. 

Bucchianeri havia concedido direito de resposta a Lula através de 164 inserções de 30 segundos durante os programas de Bolsonaro no horário eleitoral gratuito para se defender da narrativa da campanha do atual presidente que o associa ao crime organizado. 

No vídeo de Bolsonaro que motivou o direito de resposta a Lula - agora suspenso - há um trecho de cerca de 30 segundos em que são mostrados dados de votações em unidades prisionais. O programa diz, pela voz do seu locutor, que Lula seria “escolhido pelos criminosos” do Brasil uma vez que teria 98% dos votos no presídio de Tremembé em São Paulo, além de 90% dos votos de presos da Paraíba.

A princípio, a ministra considerou que o conteúdo veiculado por Bolsonaro se tratava de desinformação e concedeu direito de resposta a Lula na mesma quantidade de inserções que a campanha do atual presidente utilizou para associar o petista ao crime organizado. 

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Além deste direito de resposta suspenso, Lula conseguiu junto ao TSE, através do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, outras 20 inserções no programa de Bolsonaro para rebater acusações da campanha do presidente de que é "corrupto" e "ladrão". Essas ainda estão mantidas.