ELEIÇÕES 2022

Redes sociais terão prazo de duas horas para remover conteúdo falso

A medida faz parte de nova resolução do TSE, que visa combater à explosão de fake news às vésperas do segundo turno

Alexandre de Moraes se reúne com advogados das duas campanhas.Créditos: Agência Brasil
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Para tentar conter a explosão de fake news a poucos dias da realização do segundo turno das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aprovou, nesta quinta-feira (20), nova resolução, que amplia o combate à desinformação.

O objetivo é evitar a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais, diminuindo o tempo que as plataformas levam para excluir material mentiroso.

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Foi aprovada a redução do prazo máximo para remoção dos conteúdos pelas redes para duas horas. Até agora, as plataformas tinham até 24 horas para cumprir as determinações. Nos dois dias anteriores à eleição, o prazo pode cair ainda mais, para até uma hora.

O texto também acrescentou um veto que não existia na lei eleitoral: proibiu, nas 48 horas anteriores ao segundo turno e nas 24 horas posteriores, a veiculação de propaganda eleitoral paga pela internet, inclusive por monetização direta ou indireta.

A propaganda eleitoral já é proibida nesse período. Porém, não era prevista para práticas como o impulsionamento de conteúdo na internet. Com o aumento significativo da monetização de blogs e canais com conteúdo eleitoral, o TSE decidiu estender a proibição, de acordo com informações do Conjur.

As decisões foram debatidas com representantes das principais redes sociais, em reunião com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Nesta quinta (2), o magistrado vai se reunir com os advogados das campanhas de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para relatar as alterações.

Segundo turno tem aumento de 1.600% nas denúncias de desinformação

Moraes relatou que o segundo turno registrou aumento de 1.600% no volume de denúncias de desinformação encaminhadas às plataformas de redes sociais, em comparação com as eleições de 2020.

Até agora, mais de 130 conteúdos precisaram ser republicados com desmentidos e esclarecimentos.

“Houve proliferação não só de notícias fraudulentas, mas da agressividade dessas notícias e de discurso de ódio que, sabemos todos, não leva a nada. Simplesmente leva à corrosão da democracia”, destacou o presidente do TSE.