O candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), teve de paralisar a sua agenda em Paraisópolis, favela localizada na Zona Sul da cidade de São Paulo, por causa de uma suposta troca de tiros na região. Nas redes, o político inverteu os fatos e disse que sua equipe foi atacada.
Porém, um fato chama atenção: a visita de Tarcísio Freias não estava prevista na agenda divulgada à imprensa e só foi inserida nos compromissos do candidato às 21h15 deste domingo (16).
O candidato se manifestou por meio de suas redes sociais e declarou que foi vítima de um ataque.
"Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1o Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos. Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da PMSP. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação", disse Tarcísio.
Fernando Haddad (PT), que disputa com Freitas o cargo de governador de São Paulo se manifestou e afirmou trabalhar por “uma campanha respeitosa”.
“Estou fazendo uma campanha de paz e muito respeitosa. Nunca faltei com educação e respeito com ninguém. Sempre trabalhei no campo da dignidade e da política. É a quarta campanha que faço sem nenhum incidente, falando educado e sem me recusar a debater com ninguém”, disse Haddad.
Alguns internautas levantaram algumas questões em torno do suposto atentado contra Tarcísio Freitas. A ativista e pesquisadora Maria Frô fez um fio onde mostra as inúmeras "coincidências" que antecedem o ocorrido na favela localizada na Zona Sul de São Paulo, entre elas o fato de Bolsonaro, durante o debate na Band, neste domingo (16), ter afirmado que Lula não precisa de proteção quando vai às favelas porque tem relação com o tráfico.
Por sua vez, perfis vinculados a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas associaram a suposta troca de tiros ao PT. Pois, para estre agrupamento, o Partido dos Trabalhadores teria a simpatia do narcotráfico.
A estratégia de associar o PT e Lula ao narcotráfico está em curso nas redes desde o início da campanha eleitoral, conforme indicam os vários levantamentos realizados pelo DataFórum.