ELEIÇÕES 2022

Cabo eleitoral de Moro diz que foi demitido por pedir água para colaboradores de campanha

O assistente jurídico Gersoni dos Santos afirmou que pediu à campanha que providenciasse água para as pessoas que panfletavam e carregavam bandeiras em Curitiba

Moro disputa o Senado por Paraná.Créditos: José Cruz/Agência Brasil
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Gersoni dos Santos, assistente jurídico e cabo eleitoral do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), candidato ao Senado pelo Paraná nas eleições deste domingo (2), denunciou que foi demitido da função apenas por ter pedido à campanha que providenciasse água para os colaboradores que panfletavam e carregavam bandeiras do ex-juiz.

O ex-cabo eleitoral de Moro trabalhou na campanha de 5 a 8 de setembro. O pagamento, que era de R$ 120 por dia, segundo ele, foi efetuado pela conta oficial da campanha. Ainda conforme Gersoni, as 50 pessoas contratadas precisavam providenciar transporte, alimentação e água para o dia todo.

O problema teve início no dia 5 de setembro, uma segunda-feira, justamente por causa da questão do fornecimento de água. As reclamações foram encaminhadas a Luanna Licnveski, servidora do governo do Paraná, que se apresenta como “coordenadora de mobilização” de Moro.

“A gente já vinha pedindo água desde a segunda-feira. Na quinta-feira, eu comentei com a Luanna sobre a falta de água, que estava calor. Eu disse que estávamos em uma campanha bilionária com o dinheiro do Fundão e precisávamos de água, era o mínimo. Ela ficou brava comigo. No mesmo dia, me demitiu e demitiu outros. Alguns colegas chegaram a pegar água nas torneiras de banheiros de shoppings. Eu não consegui, estava muito fedido”, declarou Gersoni, em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Ex-cabo eleitoral desiste de votar em Moro

Com isso, o ex-cabo eleitoral afirmou ter desistido de votar em Moro. “Eu participei, também, pela simpatia que tinha pelo Moro, mas me decepcionou muito. Não pretendo mais votar nele. Você está na rua, no frio, no calor, conversando, segurando bandeira, sendo xingado”.

A coordenadora Luanna Licnveski alegou que o grupo ficou sem água apenas por um dia. “No dia seguinte, tudo já estava normalizado. Quem não desempenhou adequadamente foi desligado”.