O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez duras críticas a Sergio Moro (Podemos), sugerindo, em suas redes sociais, nesta segunda-feira (3), que o ex-juiz busca foro privilegiado em algum cargo público federal, seja presidência ou uma vaga no Senado. Segundo o relator da CPI do Genocídio, o objetivo é se proteger de possíveis investigações.
Desafeto de Moro e crítico da Operação Lava Jato, Renan chamou o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro de “ex-juiz parcial e incompetente” e que “está obcecado por um mandato” para evitar as “investigações sobre o quanto lucrou para golpear a democracia e fraudar uma eleição”.
“O ex-juiz parcial e incompetente está obcecado por um mandato. As investigações sobre quanto lucrou para golpear a democracia e fraudar uma eleição abalaram. É uma trajetória de mentiras, tocaias e trapaças. Moro precisa de foro?”, questionou, em tom irônico.
Moro desmente jornalista e reafirma desejo de disputar presidência
Sergio Moro se apressou para desmentir a informação da jornalista Carolina Brígido, do portal UOL, de que ele teria estipulado um prazo até fevereiro para engrenar nas pesquisas de intenção de voto à presidência da República e que caso a decolagem não ocorra, estaria interessado em disputar uma vaga no Senado.
A intenção, segundo interlocutores, seria garantir o foro privilegiado a que têm direito os parlamentares federais, temendo investigações oriundas do período em que fez as maiores estrepolias como magistrado em Curitiba.
“Sobre matéria de hoje do UOL: 1. Sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado; 2. Sempre fui contra o foro privilegiado e não preciso de mandato; 3. Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente; 4. A jornalista publicou a matéria sem ouvir a parte envolvida; 5. Estou focado na construção de projetos para o Brasil”, enumerou o ex-bolsonarista numa postagem em seu perfil oficial no Twitter.
A jornalista autora da nota que informou sobre a intenção de Moro em ser candidato ao Senado não respondeu à publicação do ex-juiz, nem defendeu as fontes de sua reportagem até o encerramento desta matéria.