O ex-juiz federal da operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro se apressou para desmentir a informação da jornalista Carolina Brígido, do portal UOL, de que ele teria estipulado um prazo até fevereiro para engrenar nas pesquisas de intenção de voto à Presidência da República e que caso a decolagem não ocorra, estaria interessado em disputar uma vaga no Senado. A intenção, segundo interlocutores, seria garantir o foro privilegiado a que têm direito os parlamentares federais, temendo investigações oriundas do período em que fez as maiores estrepolias como magistrado em Curitiba.
“Sobre matéria de hoje do UOL: 1. Sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado; 2. Sempre fui contra o foro privilegiado e não preciso de mandato; 3. Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente; 4. A jornalista publicou a matéria sem ouvir a parte envolvida; 5. Estou focado na construção de projetos para o Brasil”, enumerou o ex-bolsonarista numa postagem em seu perfil oficial no Twitter.
A jornalista autora da nota que informou sobre a intenção de Moro em ser candidato ao Senado não respondeu à publicação do ex-juiz, nem defendeu as fontes de sua reportagem até o encerramento desta matéria.
Tese do foro privilegiado
“Na minha avaliação, o que Moro e Dallagnol buscam são a prerrogativa de foro e a estabilidade de cargos públicos. Acredito que o ex-juiz não chegará a se lançar candidato à Presidência, mas vai concorrer a um cargo que tenha certeza de vitória”, disse em novembro o advogado Luiz Carlos Rocha, que atuou na defesa de Lula ao lado de Cristiano e Valeska Zanin.