Fabiano Silva dos Santos, coordenador adjunto do Grupo Prerrogativas, que reúne advogados progressistas, criticou a postura do hoje presidenciável Sergio Moro (Podemos).
O advogado afirmou, em tom de brincadeira, durante entrevista ao Fórum Onze e Meia, desta segunda-feira (17), que, caso o ex-juiz desista da candidatura à presidência e tente uma vaga no Senado pelo Distrito Federal (DF), ele já tem um antídoto contra o ex-aliado e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).
“Hoje, conversei com o Kakay (o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro) e estamos pressionando para que ele dispute uma vaga com o Moro ao Senado do DF. Assim, em um embate entre os dois, Moro também acabaria desistindo do Senado”, disse Fabiano.
O ex-juiz chegou a anunciar, nesta segunda (17), em entrevista à rádio Isso é Bahia, que não será candidato ao Senado.
De acordo com ele, “tem muita gente mentindo na cara dura por aí porque tem medo de uma candidatura minha à presidência”.
Mesmo sem decolar nas pesquisas, Moro considera que sua participação nas eleições tem a capacidade “de romper essa polarização que não interessa a nenhum brasileiro, não interessa a ninguém”.
Apesar da declaração, não seria surpresa se o ex-juiz “mudasse de ideia”, pois ele já deixou claro que suas afirmações não têm muita credibilidade. Em inúmeras ocasiões, por exemplo, Moro disse que nunca seria candidato à presidência da República, o que ele não cumpriu.
Prerrogativas vai ingressar com ação popular contra Moro
Fabiano revelou, ainda, que o Grupo Prerrogativas vai ingressar com uma ação popular contra Moro, em função do “prejuízo gigantesco que ele causou ao Brasil”.
“O lavajatismo foi responsável por quebrar empresas. A construção civil, que era um dos setores que mais empregavam no país, está destruída. Ele causou muito prejuízo ao país”, ressaltou.
Grupo sempre foi adversário de Moro
O coordenador adjunto do Prerrogativas, afirmou, também, que o grupo sempre foi adversário de Moro e contrário aos atos de Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato em Curitiba.
“Nós queremos um Ministério Público forte e atuante, mas sem perseguições. Moro nunca respeitou a advocacia. Enquanto foi juiz, tripudiou sobre os advogados, chegou a grampear o escritório do Cristiano (Zanin, representante legal do ex-presidente Lula). Ele corrompeu o sistema de Justiça”, acrescentou.