O deputado federal Rodrigo Maia (Sem Partido-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados que cumpre função como secretário estadual no governo João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (13) em entrevista ao Fórum Sindical que não pretende inviabilizar um eventual governo Lula (PT) e que enxerga espaço para diálogo com o petista. Maia, no entanto, não vê essa possibilidade com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nem com o ex-ministro Sergio Moro (Podemos).
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Questionado pelo jornalista Miguel do Rosário, no Fórum Sindical, Maia disse que, no momento, não enxerga espaço para apoiar Lula no primeiro turno das eleições presidenciais e reforçou seu apoio à pré-candidatura de Doria.
O parlamentar, no entanto, enfatizou que "no dia seguinte da eleição, vencendo Lula, Ciro Gomes (PDT), Doria e Simone Tebet (MDB), todos eles podem contar comigo para um diálogo, discutir o que foi feito de bom, o que foi feito de ruim, construir uma pactuação no Parlamento, na sociedade". "A gente vai precisar muito desse diálogo", afirmou o deputado, que disse que não pretende inviabilizar nenhum desses eventuais governos.
Maia deixou de fora da lista Bolsonaro e Moro e explicou: "considero que o Bolsonaro e Moro estão no campo do autoritarismo, do aparelhamento do Estado Brasileiro". "Com esses dois eu acho que será muito difícil qualquer tipo de diálogo", completou.
"Tenho um bom diálogo com o PT. Tive um ótimo diálogo com o PT quando fui presidente da Câmara. Mantive um bom diálogo com o presidente Lula", acrescentou Maia.
O Fórum Sindical desta quinta-feira foi apresentado pelos jornalistas Miguel do Rosário e Anderson Moraes. José Maria Rangel, ex-presidente da Federação Única de Petroleiros (FUP), também participou da bancada.