Na reunião em que selou o convite para filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao Solidariedade, o deputado Paulinho da Força, presidente da sigla, teria dito que as “centrais [sindicais] brasileiras não defendem a revogação da reforma, mas sim mudanças”.
Paulinho, que também preside a Força Sindical, teria feito a declaração após ser questionado por Alckmin sobre quais pontos poderiam ser alterados da reforma trabalhista implantada durante o governo golpista de Michel Temer (MDB).
“Ele falou muito sobre o cenário nacional, sobre o que fazer para gerar mais emprego e disse que as eleições e um novo governo podem ajudar a atrair investimentos estrangeiros para o país”, disse Paulinho ao jornal Valor Econômico sobre a conversa com Alckmin.
O deputado ainda criticou o PSB, outro partido que corteja a filiação do ex-tucano, dizendo que há muitas exigências na negociação com o PT e o que o Solidariedade pede é "só a vice".
Doria encomenda ataque à revisão da reforma de Temer
Em ninho tucano, o governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato do PSDB ao Planalto, encomendou um artigo a seu comitê econômico para atacar a proposta de Lula de revisão da reforma trabalhista e defender as medidas promovidas por Temer.
Segundo o Valor Econômico, o texto intitulado "O Atrasão do PT" está sendo elaborado pelas economistas Ana Carla Abrão e Zeina Latif e a tributarista Vanessa Rahal Canado e teria quatro páginas, que estão sendo revisads pela comunicação da pré-campanha do tucano.
No texto, Temer é citado como "exemplo" na condução das reformas neoliberais e na negociação com o Congresso.
Evitando tocar na perda de direitos trabalhistas, o artigo deve louvar a regulamentação do "teletrabalho", que segundo as economistas seria inviabilizado pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).