Uma nova disputa toma corpo no PSDB. Com a informação de que o senador José Serra está com Parkinson e que por conta disso não disputará a reeleição para se manter na vaga no próximo ano, uma nova frente de batalha se abriu no ninho tucano.
José Aníbal, que é suplente de Serra e já assumiu o cargo em períodos que somados dão quatro meses no curso do mandato, seria o substituto natural no pleito de 2022, mas algumas hipóteses começam a ser ventiladas dentro do partido.
Os prefeitos de São Bernardo e Ribeirão Preto, Orlando Morando e Duarte Nogueira, respectivamente, querem que o ex-governador Geraldo Alckmin seja o candidato ao Senado, em substituição ao companheiro que está doente e não poderá concorrer novamente. No entanto, Alckmin já manifestou publicamente a intenção de deixar o PSDB e se filiar a outra legenda. Ele rejeita a oferta, segundo interlocutores.
Quem também estaria de olho na vaga para disputar o Senado no próximo ano, no lugar de Serra, é o presidente do partido na capital paulista, Fernando Alfredo, uma liderança “covista” entre os tucanos do estado. "Se ele (Aníbal) quiser ser candidato, terá que se inscrever nas prévias. Hoje eu sou o único inscrito", revelou Alfredo numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Provocativo e pronto para o embate, o presidente do PSDB paulistano disse ainda que só abrirá mão de disputar a cadeira no Senado Federal se Alckmin quiser ser o candidato, e que qualquer outra discussão para definir um nome “não será tomada numa sala fechada, com charutos e vinho caro, mas sim pela militância da sigla”.