Só no Brasil: "Príncipe", na República, será relator da PEC que altera o STF

Luiz Philippe de Orleans e Bragança, descendente da família imperial, que é deputado federal, comandará a Proposta de Emenda Constitucional que pretende mudar o nome da corte e sua composição. Ele é investigado no Supremo

Orleans e Bragança intitula-se príncipe, embora a família real não exerça mais nenhum poder e ele não faça parte do que seria a linha sucessória. Foto: Redes sociais
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O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), descendente da família imperial brasileira e que gosta de ser chamado de “príncipe”, embora tenhamos quase 132 anos de República, será o relator da Proposta de Emenda Constitucional que quer alterar o nome do Supremo Tribunal Federal (STF) e sua composição. Ele é um dos mais radicais bolsonaristas da Câmara e é investigado pela corte, suspeito de disseminar fake news.

A iniciativa, que é de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), apresentada em 2013, vai ainda além da mudança na designação da corte e do número de ministros dela: quer também modificar as competências do tribunal, que passaria a analisar apenas causas claramente constitucionais, deixando outros litígios para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Como relator, o autointitulado “príncipe” é quem definirá o curso que tomará a PEC, de que forma tramitará, ou ainda se sofrerá alterações no texto.

Pela proposta apresentada originalmente, o tribunal mais alto da República, ainda sem sugestão de nome, seria composto por 15 ministros (os 11 que estiverem no cargo e mais quatro selecionados em listas tríplices) e só analisaria aquelas causa de natureza notoriamente constitucional, remetendo ao STJ (que passaria a ter 60 ministros) todos os outros processos e ações.