A operação que foi marcada por desfile com tanques de guerra promovido pelo governo de Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios custou aos cofres públicos R$ 3,7 milhões. O desfile foi visto como uma forma de pressionar a Câmara dos Deputados, em razão da votação da PEC do voto impresso, e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações do jornalista Lauriberto Pompeu, do Estado de S.Paulo, obtidas através da Lei de Acesso à Informação (LAI), a Operação Acolhida custou, no total, $ 3,7 milhões.
O desfile de tanques pela Esplanada nunca havia sido realizado antes e foi incluído na operação, ao que tudo indica, a pedido do governo. 150 veículos militares passearam por Brasília no dia 10 de agosto com a "missão" de entregar um convite ao presidente.
Segundo o Estadão, a maior parte da quantia (R$ 1,78 mi) foi para gastos de custeio de bases. R$ 1,03 mi foram para locação de ônibus para transporte e R$ 721 mil para combustíveis, lubrificantes e graxas. Outros R$ 98,7 mil foram destinados a materiais de saúde, R$ 16,6 mil para suprimentos de fundos e R$ 15 mil para passagens e diárias.
O desfile foi visto pela oposição como um sinal de confrontação ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, que votou a PEC do voto impresso no mesmo dia. “É inaceitável, ainda, que as Forças Armadas permitam que sua imagem seja exposta desta maneira, usada para sugerir o uso de força em apoio à proposta antidemocrática e de caráter golpista, defendida pelo presidente da República”, diz nota assinada por PSB, PCdoB, PDT, PT, REDE, PSOL, PSTU, Solidariedade e Unidade Popular.