O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é visto como uma opção para candidatura presidencial do Partido União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, de O Globo, Antônio Rueda, vice-presidente do PSL, convidou Zema a se juntar à legenda. Rueda planeja projetar Zema como "terceira via" nas eleições de 2022. Na mesma reunião participaram empresários como Michael Klein e Flávio Rocha. O governador não pretende seguir no Novo.
Zema venceu as eleições de Minas em 2018 justamente com um verniz de "terceira via", no Novo. Com um discurso "empresarial" e ultraliberal, teve uma votação surpreendente. Em sua gestão, no entanto, se aproximou do presidente Jair Bolsonaro e se tornou uma voz dissonante no Fórum dos Governadores durante a pandemia.
O governador de Minas evitou confrontar Bolsonaro e tentou amenizar as críticas feitas por outros gestores estaduais.
Segundo o jornalista Lauriberto Pompeu, do Estadão, dirigentes de PSL e DEM bateram o martelo nesta quarta-feira (29) sobre o nome do partido que surgirá da fusão. A nova legenda se chamará União Brasil - já apelidado de "PUB" nas redes - e usará o número 44.
Rueda estava entre os presentes da reuniao, que contou ainda com o presidente do PSL, Luciano Bivar, o presidente do DEM, ACM Neto e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Além de Zema, segundo o Estadão, o partido trabalha com o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), o apresentador José Luiz Datena (PSL) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM). Pacheco, no entanto, planeja uma migração para o PSD, enquanto Datena pode ir para o PDT compor chapa com Ciro Gomes.