CPI: Advogada aponta que gabinete paralelo garantiu impunidade à Prevent

Em depoimento, Bruna Morato afirmou que a rede tinha "proteção" para realizar seus experimentos com cobaias humanas sem fiscalização do Ministério da Saúde

Bruna Morato na CPI | Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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Em depoimento à CPI do Genocídio nesta terça-feira (28), a advogada Bruna Morato afirmou que o "pacto" firmado entre a Prevent Senior e o "gabinete paralelo" montado no governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 previa a ausência de fiscalização aos experimentos realizados pela rede.

Logo no início do depoimento, Morato detalhou a trama envolvendo o Ministério da Economia, o chamado "gabinete paralelo" e a Prevent Senior para avançar em experimentos com a hidroxicloroquina com o objetivo de boicotar o isolamento social.

Ao ser questionada pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) sobre detalhes do que a advogada chamou de "pacto", Morato apontou a existência de uma espécie de "proteção" por parte do governo Bolsonaro à rede.

"A informação que eu tive é que, uma vez realizado esse pacto, ou aliança, entre esse conjunto de assessores que a CPI denomina "gabinete paralelo", mas que, na época, eram apenas assessores, é que após esse contato lhe foi transferida certa segurança", afirmou.

"Então, a Prevent Senior tinha segurança de que ela não sofreria fiscalização do Ministério da Saúde ou de outros órgãos vinculados ao Ministério da Saúde. Inclusive, foi essa segurança que fez nascer neles o interesse de iniciar um protocolo experimental, cientes de que não seriam devidamente investigados ou averiguados pelo ministério", detalhou.

Confira trecho:

https://twitter.com/UOLNoticias/status/1442931463477870592

Com informações do Senado