Uma decisão da Executiva Nacional do PSL tomada na tarde desta terça-feira (28) é o último movimento no tabuleiro político da direita para concretizar a fusão do partido com o DEM, que já havia aprovado a ideia na última semana.
Por unanimidade, os participantes do encontro da sigla que elegeu Jair Bolsonaro há quase três anos, mas que foi abandonada pelo presidente, deram sinal verde para a criação do partido que terá a maior bancada da Câmara Federal, com 81 deputados, além de sete senadores e quatro governadores.
A nova legenda, que ainda não tem nome definido, será presidida pelo deputado Luciano Bivar (PSL-PE) e terá o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), como secretário-geral. Haverá baixas entre os parlamentares bolsonaristas, como o próprio filho do presidente, Eduardo, que formalizarão a saída do PSL, para não fazerem parte do novo partido, assim que a fusão estiver próxima de ocorrer. Analistas acreditam que um total de 25 deputados federais deixará a sigla.
Mas nem tudo serão flores na recém-criada agremiação. Problemas com palanques regionais para as eleições de 2022 já surgiram antes mesmo do nascimento do partido, já que em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco não ficou claro quem conduzirá e indicará candidatos no ano que vem, e os dois lados resistem na hora de ceder.
Ainda que da boca para fora os caciques de PSL e DEM reivindiquem candidato próprio à Presidência em 2022, o que está claro até agora é que a sigla surgida da fusão dos dois partidos acabará mesmo apoiando algum outro candidato, que pode ser até mesmo o presidente Jair Bolsonaro, se ele se lançar à reeleição no próximo pleito.