Acusada de conluio com Jair Bolsonaro (Sem partido), a Prevent Sênior classificou como "fake news" as denúncias sobre manipulação em estudo com o uso da cloroquina contra a Covid-19 e disse que "tomará todas as medidas judiciais cabíveis" contra o grupo de médicos que tornou público as supostas irregularidades.
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"Estranhamente, antes de as acusações serem levadas à comissão do Senado, uma advogada que representa esse grupo de médicos insinuou que as denúncias não seriam encaminhadas se um acordo fosse celebrado. Devido à estranheza da abordagem, a Prevent Sênior tomará todas as medidas judiciais cabíveis", diz a "nota à imprensa e a quem possa interessar" publicada no Twitter.
Em um primeiro tuite, com card com a inscrição "chega de fake news", a Prevent diz que as denúncias são "calúnias" e que não vai admitir "que denúncias anônimas prejudiquem o atendimento aos mais de 550 mil beneficiários, a maioria idosos que sempre foram abandonados pelo sistema de saúde".
Prevent ocultou mortes em estudo com cloroquina
Informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pela GloboNews revelam que a Prevent Sênior ocultou mortes de pacientes com e sem o diagnóstico de Covid-19 que participaram de estudos sem base científica feitos para apontar uma suposta eficácia dos remédios do “kit covid”, como a hidroxicloroquina e a azitromicina.
O estudo recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), um dos maiores defensores do uso de cloroquina, e foi utilizado para apoiar as teses dos bolsonaristas de que o “kit covid” salvou vidas durante a pandemia.
A denúncia foi feita por um médico da Prevent Sênior que era próximo dos diretores da empresa. A reportagem da GloboNews mostra que houve manipulação nos resultados do teste para comprovar uma falsa eficácia da cloroquina contra a Covid-19.