Vice-presidente da CPI do Genocídio, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta quinta-feira (15) que a rede Prevent Sênior agiu em conluio com Jair Bolsonaro (Sem partido) para disseminação do uso de cloroquina para o chamado tratamento precoce da Covid-19.
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"O documento informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. Segundo o dossiê, o estudo foi um desdobramento do acordo. Ouvir a Prevent continuará em nossa agenda", tuitou Rodrigues.
Diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior estava convocado para prestar depoimento nesta quinta-feira, mas não compareceu.
Em nota, a Prevent Senior disse que o departamento jurídico recebeu e-mail da CPI com a intimação para o depoimento de Batista no fim da tarde desta quarta (15) e que não haveria tempo hábil para comparecer à comissão.
"Isso porque, de acordo com o artigo 218 (parágrafo segundo) do Código de Processo Civil, o prazo mínimo para atender a uma convocação desta natureza é de 48 horas", afirmou a empresa na nota.
Prevent ocultou mortes em estudo com cloroquina
Informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pela GloboNews revelam que a Prevent Sênior ocultou mortes de pacientes com e sem o diagnóstico de Covid-19 que participaram de estudos sem base científica feitos para apontar uma suposta eficácia dos remédios do “kit covid”, como a hidroxicloroquina e a azitromicina.
O estudo recebeu o apoio do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), um dos maiores defensores do uso de cloroquina, e foi utilizado para apoiar as teses dos bolsonaristas de que o “kit covid” salvou vidas durante a pandemia.
A denúncia foi feita por um médico da Prevent Sênior que era próximo dos diretores da empresa. A reportagem da GloboNews mostra que houve manipulação nos resultados do teste para comprovar uma falsa eficácia da cloroquina contra a Covid-19.