A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu por unanimidade, nesta quinta-feira (16), acatar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cassar o mandato do deputado Boca Aberta (PROS-PR). A medida é definitiva e não precisará ser analisada pelo plenário da Casa.
O TSE cassou o diploma de Boca Aberta em agosto por considerar que ele não poderia ter disputado as eleições de 2018, já que havia sido condenado pela Câmara Municipal de Londrina em 2017. Na ocasião, ele havia sido cassado por quebra de decoro parlamentar e ficou inelegível por 8 anos.
Sua candidatura em 2018, no entanto, foi possível graças a uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
O TSE, por sua vez, considerou que a liminar foi revogada antes da data da eleição e que Boca Aberta exercia o mandato de deputado de forma irregular, e por isso decidiu chancelar a decisão de cassá-lo. Agora, a Mesa Diretora da Câmara acata a decisão do tribunal.
O agora ex-deputado também era alvo de uma ação no Conselho de Ética da Câmara por ter invadido uma unidade de saúde, filmado o médico plantonista e divulgado o vídeo em suas redes sociais.
Nesta quinta-feira (16), Boca Aberta xingou e ameaçou o colega Alexandre Leite (DEM-SP), relator do seu processo de cassação, nos corredores do Congresso Nacional.
As ofensas e ameaças foram filmadas pela assessoria de Alexandre Leite. Boca Aberta xinga o parlamentar de “cafajeste”, “vagabundo”, “bandido” e “ordinário”. Ao ser abordado pela Policia da Casa, que tentava conter a situação, o parlamentar questionou “Vai fazer o que? Eu sou deputado”.