O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir investigação para apurar quem foram os financiadores dos atos golpistas liderados pelo presidente Jair Bolsonaro no 7 de setembro. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, foi quem tomou a iniciativa de rastrear quem pagou as contas da baderna institucional levada a cabo pelo chefe do Executivo nacional.
O Ministério Público Federal (MPF), por meio de seu representante no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, já havia solicitado ao órgão de fiscalização que fizesse o mesmo, um dia após as manifestações autoritárias, em 8 de setembro.
A intenção do TSE é descobrir os responsáveis por desembolsar os valores usados para transportar manifestantes e hospedá-los na capital federal. Há várias denúncias de que empresas, especialmente aquelas ligadas ao agronegócio, teriam financiado excursões, além de terem dado compensações financeiras para que cidadãos comparecessem aos atos em Brasília e São Paulo.
Num vídeo que circulou nas redes sociais ainda no Dia da Independência, um grupo de trabalhadores aparece recebendo dinheiro de um homem vestido com uma camiseta das manifestações golpistas, dentro de um ônibus. Na gravação, eles dizem que quem pagou pela ida à capital paulista foi a empresa de equipamentos agrícolas Jacto, com sede no município de Pompeia (SP). A empresa, em nota oficial, negou ser responsável pela caravana e pelas notas de R$ 100 distribuídas aos participantes.