O regabofe dos "homens brancos cis, donos do poder econômico e político, devoradores do Brasil" - como definiu Marcia Tiburi - em que Michel Temer (MDB) soltou uma gargalhada ao ouvir a imitação de Jair Bolsonaro (sem partido) aconteceu na mansão de Naji Nahas, histórico especulador financeiro, que foi acusado pela quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e chegou a ser preso em 2008 por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF).
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"Ao redor daquela mesa, homens brancos cis, donos do poder econômico e político, devoradores do Brasil. Arreganham-se entre eles com o imitador de Bolsonaro, o bufão que colocaram no poder para representá-los. Porém, o verdadeiro objeto da piada é o povo que passa fome", tuitou a escritora e professora de filosofia, que deixou o país ao receber ameaças de morte após a candidatura ao governo do Rio de Janeiro, em 2018.
O jantar ainda contou com a presença de "formadores de opinião", como Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes de comunicação, o empresário e jornalista Roberto D'Ávilla e Antonio Carlos Pereira, ex-editorialista do Estadão, que nesta terça-feira (14) publicou um editorial acusando o PT e Lula de não defenderem a democracia e o Estado de Direito.
A imitação de Bolsonaro por André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho - pré-candidato ao governo do Rio pelo PSDB e suplente de Flávio Bolsonaro (Patriota) no Senado -, também arrancou gargalhadas de Gilberto Kassab, presidente do PSD, Raul Cutait, médico do Hospital Sírio Libanês, e José Yunes, ex-assessor especial e braço direito de Temer, que chegou a ser preso pela Operação Lava Jato acusado de ser o “operador” de propinas do MDB.
Yunes também foi preso em 2018 no âmbito da Operação Skala, realizada no âmbito do inquérito da MP (Medida Provisória) dos Portos, que investiga propinas em um decreto do setor portuário e envolve Michel Temer.
O ex-assessor de Temer também atua com especulação imobiliária na capital paulista como dono de 68 imóveis com valor que supera R$ 100 milhões.