O advogado Alan Diniz Moreira Guedes de Ornelas, que trabalha na defesa de Ivanildo Gonçalves, o motoboy da VTCLog que realizou saques de R$ 4,7 mi e que obteve o direto de não comparecer à CPI nesta terça-feira (31), já defendeu figuras bem conhecidas do cenário político.
Antes de assumir a defesa de Ivanildo Gonçalves, Ornelas trabalhava no escritório de Paulo Emílio Catta Preta, advogado que lidera a defesa de Queiroz, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e também atuou na defesa do miliciano Adriano da Nóbrega.
O advogado Catta Preta afirma que não possui vínculo com a defesa de Ivanildo Gonçalvez e que Ornelas não faz mais parte de seu escritório.
Nesta segunda-feira (30), Ornelas entrou com um habeas corpus no STF para suspender o depoimento do motoboy à Comissão, o pedido foi prontamente atendimento pelo ministro do STF Nunes Marques.
Novo depoimento
Durante a sessão desta terça-feira (31), a Comissão deve aprovar um novo requerimento para convocar novamente Ivanildo Gonçalves Dias.
De acordo com o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), a área jurídica da comissão analisou a decisão do ministro Nunes e vai sanar os problemas levantados por ele para realizar nova convocação.
Para depor no lugar de Ivanildo, a Comissão convocou a diretora da VTCLog, Andreia Lima, mas, ela informou que não poderia comparecer nesta terça-feira e se colocou à disposição para depor nesta quarta-feira (31).
O motoboy e os saques milionários
O motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, que prestava serviços à VTC Log e sacou R$ 4,7 milhões das contas da empresa, recebeu o direito nesta segunda-feira (30) de não comparecer à CPI do Genocídio.
Quem deferiu o pedido de sua defesa, depois de uma convocação emitida pelos senadores, foi o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Caso Ivanildo resolva comparecer ao Senado, ele terá também o direito de ficar calado.
A VTC Log foi selecionada pelo Ministério da Saúde para prestar serviços de transporte e armazenamento de medicamentos.
Mas após os escândalos descobertos pela CPI envolvendo a pasta, viu uma série de suspeitas de fraude e ilegalidades ser ligada a seu nome.