O Clube Militar, entidade que reúne reservistas do Exército Brasileiro, anunciou nesta segunda-feira (30) que passará a exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 por determinação do decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro. Os militares, no entanto, pretendem acionar a Justiça contra a exigência. Além disso, houve uma nova convocação para os atos golpistas do 7 de setembro.
"Torna-se necessário, para ter acesso ao Clube, a apresentação do comprovante de vacinação de todos os sócios, dependentes e convidados com idade maior de 16 anos de idade, a partir de 1º de setembro próximo, excetuando-se aqueles que comprovem a dispensa de vacinação contra a COVID-19", afirmam os reservistas em nota divulgada nesta segunda.
"Outrossim, informamos que o Clube Militar está ingressando com uma ação judicial, visando sustar os efeitos do decreto supracitado no que diz respeito a nossa Associação", completam os fardados, anunciando a batalha antivacina que pretendem travar.
A nota é assinada pelo general Eduardo José Barbosa, presidente da entidade. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro atacaram Paes na última sexta quando foi publicado decreto no Diário Oficial exigindo certificado de vacinação contra covid-19 para ter acesso a locais de lazer, receber recursos do Cartão Família Carioca e realizar cirurgias eletivas.
Clube Militar no 7 de Setembro
Ao mesmo tempo, o Clube Militar voltou a convocar seu sócios para mobilização golpista prevista para o dia 7 de setembro em Copacabana, no Rio de Janeiro. E-mail enviado nesta segunda-feira (30), obtido pela Fórum, diz que "neste momento singular da vida nacional, está conclamando sócios e amigos a prestigiarem esse movimento democrático no Dia da Pátria. Declara assim, mais uma vez, seu apoio tradicional às grandes causas brasileiras!".
"É com imenso orgulho que vimos convidar os Oficiais R/2 a ombrearem conosco nessa causa, integrantes que são desse importante segmento da Reserva das Forças Armadas Brasileira", afirmam.