A declaração feita por Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (2), atacando o ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), que faleceu em maio deste ano em decorrência de um câncer, gerou repúdio de políticos de diferentes partidos.
Após lançar impropérios contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro resolveu criticar a ida de Covas com o filho Tomás à final da Taça Libertadores da América, em janeiro deste ano.
“O outro que morreu, fecha São Paulo e vai assistir Palmeiras e Santos no Maracanã… Esse é o exemplo”, falou o chefe do Executivo federal aos fãs.
O político paulista já estava muito doente à época, por conta dos casos de metástase de seu câncer na cárdia, e revelou em entrevista, assim como fez seu filho, de apenas 15 anos, que esse era seu último desejo antes de morrer.
Em resposta a Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), falou em "desumanidade".
"A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos", escreveu o tucano em suas redes sociais.
Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI do Genocídio, disse que Bolsonaro é "minúsculo".
"Bolsonaro é pequeno. É minúsculo. Não é digno da cadeira que ocupa, nunca será! Manifesto minha solidariedade à família do Bruno Covas. Bruno não merece ter seu nome e sua memória atacada por gente tão vil e sem empatia", declarou.
Paulo Pimenta (PT-RS) também foi às redes sociais para repudiar a fala do presidente contra o ex-prefeito.
"O covarde @jairbolsonaro atacando Bruno Covas porque ele foi ver o jogo com o filho sendo que ver esse jogo com o filho fazia parte de uma lista com os "últimos desejos" dele, porque ele sabia que estava morrendo. Atacar alguém que não pode se defender é o cúmulo da covardia", postou Pimenta.