O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, afirmou, durante audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (18), que chamar o período da história recente do Brasil entre 1964 e 1985 como uma ditadura militar é uma questão de "semântica".
"Eu diria que foi um regime militar de exceção, muito forte. O que eu sei pela história e por depoimentos tanto de elementos que estiveram no lado oposto como no lado do governo militar é que era uma outra época, era um regime forte de exceção", disse.
"Agora, isso aí (de ser ou não uma ditadura) é uma semântica. O que eu sei é que, durante o governo Vargas (Getúlio Vargas, primeiro período, entre 1930 e 1945), o Congresso não funcionava, havia um controle muito grande da polícia e do estado na época", acrescentou.
Na sequência da fala, Luiz Eduardo Ramos acrescentou que, durante o "governo do regime militar, tínhamos um Congresso que pode ter sido fechado, mas funcionando".
Durante a ditadura, o Congresso foi fechado em três ocasiões (1966, 1968 e 1977). Durante quase todo o regime, apenas dois partidos podiam operar na legalidade: a Arena, governista, e o MDB, de oposição consentida.
A Câmara dos Deputados, onde o ministro deu a declaração, teve durante a ditadura, 173 deputados federais com mandatos cassados.
Com informações do UOL