A cúpula da CPI do Genocídio já sinalizou que pretende antecipar a entrega do relatório final e não quer mais perder tempo. Por isso, alguns depoimentos tem sido antecipados e outros, reavaliados.
Entre as sessões que não devem mais acontecer na CPI está a acareação entre o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o ministro do Trabalho de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, segundo informações do jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), acredita que acareação "seria mais pitoresca do que um fato concreto”. “Devemos suspender a acareação. Isso porque só tem um ponto: a falsificação do invoice (fatura), que já está bem esclarecido", declarou ao jornalista.
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi quem solicitou a sessão, também não a enxerga mais como oportuna. “Essa acareação não tem muito que acrescentar. Temos que ter cuidado para evitar que CPI seja um palco para desconstrução. O depoimento do Ricardo Barros mostrou que devemos ter atenção para que a CPI não seja usada”, declarou à GloboNews.
A acareação
O "embate", referente à compra da vacina Covaxin, aconteceria na quarta-feira (18). O deputado é irmão de Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, que denunciou supostas fraudes na documentação e nas negociações, que foram intermediadas pela empresa Precisa Medicamentos.
Além disso, os irmãos apontaram à CPI a existência de pressão pela liberação do imunizante, mesmo com a área técnica apresentando indícios de irregularidades no contrato.
A compra do imunizante foi cancelada pelo governo de Jair Bolsonaro, depois de suspeitas de irregularidades no contrato. Além da CPI, o Ministério Público (MP), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Polícia Federal (PF) investigam as negociações e seus intermediários na compra da Covaxin.