Por Leandro Massoni
O senador e presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão de um inquérito da Polícia Federal que apura supostos vazamentos de depoimentos sigilosos da comissão.
A investigação foi aberta em 4 de agosto, e no dia seguinte, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avisou que a CPI da Covid entraria no Supremo contra a medida.
Os supostos depoimentos vazados são parte de duas investigações em andamento da PF, sendo uma sobre as supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin e outra acerca das suspeitas de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Na noite desta quarta-feira, 11, Aziz havia protocolado o pedido de suspensão do inquérito.
Em nota encaminhada à imprensa confirmando a abertura do inquérito, a PF afirma que entregou os depoimentos sigilosos à CPI. Entretanto, não afirma claramente que os senadores são investigados.
Na petição, Aziz afirma que "decorre do próprio encadeamento de ideias" da nota da PF a conclusão de que os alvos são os membros da CPI.
Outro trecho do documento faz acusações à PF de "abuso de autoridade" por ter aberto a investigação. “A instauração desse inquérito policial para escrutinar um inquérito parlamentar configura evidente desvio de finalidade, excesso de poder e abuso de autoridade”, informa o pedido.
O depoimento prestado à polícia pela diretora-executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, foi um dos que foram à público. Em seu testemunho, ela afirma que o contrato do Ministério da Saúde com a Precisa para a compra da Covaxin avançou rápido uma vez que a empresa intermediária acatou todos os pedidos da pasta.