Boa parte da cúpula do PSDB decidiu, nesta quarta-feira (11), punir os deputados que foram favoráveis ao voto impresso. A ideia é mexer no bolso, ou seja, repassar menos recursos de financiamento de campanha.
De acordo com informações de Basília Rodrigues, na CNN Brasil, a diferença entre quem votou contra ou a favor aparecerá no momento do financiamento de campanha. Os parlamentares que seguiram orientação do partido receberão mais recursos.
Durante a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso, na terça (10), a bancada dos tucanos rachou.
Bruno Araújo, presidente do PSDB, divulgou que o partido tinha fechado questão contra a PEC. Mesmo assim, houve 18 votos, que atenderam à orientação do partido, contra 14, que foram a favor da PEC.
No entanto, o desejo da cúpula tucana de punir os infiéis não deve atingir o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que escolheu a abstenção na votação da PEC.
Golpista
Artífice do golpe que resultou na eleição de Jair Bolsonaro (Sem partido) em 2018, Aécio virou alvo de ataques no próprio ninho tucano, após a abstenção na votação sobre a PEC do Voto Impresso.
Os colegas de partido na Câmara classificaram o mineiro como “hipócrita” e “decepcionante”.
Para eles, a intenção de Aécio era tentar agradar Bolsonaro, que disse nesta quarta-feira (11) que muitos deputados votaram contra o governo ou se abstiveram por medo de chantagem e retaliação por parte do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo “inimigo” Luís Roberto Barroso.