O governo impôs sigilo de 100 anos sobre informações referentes aos crachás de acesso ao Palácio do Planalto expedidos em nome dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Em documentos públicos enviados à CPI da Covid no mês passado, a própria Presidência assumiu a existência dos cartões usados por Carlos e também por Eduardo Bolsonaro para acessar a sede do governo.
“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”, diz a Secretaria-Geral da Presidência, em documento encaminhado a revista Crusoé por meio da Lei de Acesso à Informação.
O documento do Planalto determina que “as informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos”.
Carlos Bolsonaro usou seu crachá para visitar o Palácio do Planalto 32 vezes, entre abril de 2020 e junho de 2021, de acordo com a Crusoé.
O filho 02 de Jair Bolsonaro tem acesso livre ao terceiro andar do palácio e ao próprio gabinete da Presidência, conforme planilha da Casa Civil.
Eduardo Bolsonaro, por sua vez, esteve no gabinete presidencial em três oportunidades, todas em abril de 2020.