O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) não será alvo da reforma tributária do governo do presidente Jair Bolsonaro. Após pressão de centrais sindicais e movimentos sociais, o relator da reforma, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), anunciou que o PAT continuará.
“Havia um impacto muito pequeno em relação ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), e entendemos que isso não iria causar qualquer desestímulo à opção pelos benefícios, mas, sensíveis aos argumentos apresentados pelos deputados de oposição, nós vamos retirar do texto qualquer menção ao PAT, garantindo que nem o mínimo impacto ocorrerá”, disse Sabino após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Para o Fórum das Centrais Sindicais, o fim desses incentivos faria com que as empresas deixassem de aderir ao programa, que seria totalmente esvaziado. Consequentemente, mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras não receberiam mais o vale-alimentação e o vale-refeição, o que afetaria, direta e indiretamente, cerca de 40 milhões de pessoas.
À Fórum, o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, celebrou o recuo. “É uma importante vitória do movimento sindical e dos trabalhadores contra a tentativa do Governo Bolsonaro em colocar as mãos no vale-refeição e alimentação dos trabalhadores", disse Neto, que preside o PDT de São Paulo.
"Mais uma vez, o Movimento Sindical mostra a sua importância na defesa dos trabalhadores brasileiros. Não aceitaremos que tirem o vale-refeição dos trabalhadores para bancar a farra da picanha e do leite condensado dos amigos do Palácio”, completou.
Com informações do Correio Braziliense