"Propineiros não sairão impunes", diz Randolfe sobre caso Covaxin

A Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana, rompeu contrato com a Precisa Medicamentos nesta sexta

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI do Genocídio, reagiu nesta sexta-feira (23) à notícia de que a empresa indiana Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin, rompeu contrato com a Precisa Medicamentos. Intermediária na negociação da compra do imunizante pelo governo Bolsonaro, a Precisa teria apresentado documentos falsos ao Ministério da Saúde.

"Comprovamos, através da CPI, inúmeras irregularidades e mesmo assim o Governo não rompeu o contrato intermediado pela Precisa. A Bharat então desfez o negócio superfaturado. As investigações continuam! Os propineiros não sairão impunes!, escreveu o senador no Twitter.

Em comunicado, a Bharat afirmou que continuará trabalhando com a Anvisa para obter todas as aprovações necessárias para a Covaxin, mas que não seguirá com a Precisa de intermediária. O contrato - suspenso momentaneamente - para a compra do imunizante foi firmado entre a Saúde e a Precisa.

Covaxin na CPI

A negociação da Precisa com o governo Bolsonaro para a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin por 1,6 bilhão de reais possui suspeitas de superfaturamento. A compra da vacina – suspensa após a CPI investigar – era a mais cara já feita pelo Brasil no combate à pandemia do coronavírus. Por isso, a Precisa virou um dos alvos prioritários da CPI.

O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, foi convocado à CPI, e teve o direito de permanecer em silêncio concedido pela ministra do STF Rosa Weber. Após a decisão, os senadores optaram pela não convocação de Maximiano. A CPI também já autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático da diretoria.

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