Enquanto conquista espaço dentro do governo de Jair Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas, se articula pela formação de um "superpartido". Nogueira estaria articulando fusão com DEM e PSL já para as próximas eleições, mas uma das condições da fusão é uma espécie de cláusula anti-Bolsonaro.
Segundo informações do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, as conversas avançaram bastante na última semana. Nogueira e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram com o presidente do PSL, Luciano Bivar, e o dirigente demista Elmar Nascimento na Bahia. Uma nova rodada está prevista para a próxima semana.
Caso fusão se concretize, o novo partido pode ter 121 deputados federais, R$ 2 bilhões de fundo partidário, além de ao menos três ministros do governo Bolsonaro. Além de Tereza Cristina (Agricultura; DEM), Nogueira (Casa Civil; PP) e Onyx Lorenzoni (futuro Trabalho; DEM), Fábio Faria (Comunicações) pode se somar ao bloco. Faria está no PSD, mas deve migrar para o PP.
O "superpartido" partiria também com a presidência das duas casas legislativas, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já estaria de malas prontas para o PSD.
Mesmo com ampla presença no gabinete de Bolsonaro e com o apoio a muitas das pautas do presidente, ele seria persona non grata na legenda. Segundo a CNN Brasil, PSL e DEM não querem o ingresso de Bolsonaro após a fusão e, a princípio, não pretendem apoiá-lo em 2022.
O PP seria o mais resistente a esse "veto", mas dirigentes regionais já demonstram que não estão tão fechados com uma possível reeleição do presidente. Lideranças do Progressistas em Pernambuco e na Bahia devem se reunir com o ex-presidente Lula durante caravana do ex-mandatário pelo Nordeste.
Com informações do Poder360 e da CNN Brasil